quarta-feira, 30 de abril de 2008

Entrevista: Experiência de quem já foi ao Perú.

Vista do litoral de Lima Paredão em degraus de Maccu Picchu

Já que neste período estamos passeando pelo Perú, o IME resolveu que encontraria alguém que já tinha ido até lá para nos relatar algumas de suas experiências neste país que já deu pra perceber, tem grande diversidade cultural. Para essa empreitada convidei Ciliana Colombo, Engenheira civil e mochileira nata, poderia dizer até louca pelo mundo, para nos contar sua recente experiência no Perú.
Cathe (IME Violão): O que te fez querer ir ao Perú?
Ciliana:Era uma vontade antiga, desde que li o diário de viagem de um amigo e, nesse momento, foi por ter companhia para a viagem. Além de que eu gosto muito de lugares antigos, da paisagem com montanhas que o Peru tem muito, da música peruana, principalmente do som dos instrumentos de lá. Imagem da periferia de Lima
Cathe (IME Violão): Quais os lugares que você passou?
Ciliana: Eu visitei Lima, a região de Cusco, Puno e alguns lugares em Ancash e La Libertad.

Cathe(IME Violão): E Machu Picchu, você não conheceu?

Ciliana: Não falei antes, porque Machu Picchu fica na região de Cusco. Nessa região tem vários sítios arqueológicos, além da própria cidade de Cusco.
Cathe(IME Violão): Quais sítios que você visitou?
Ciliana: Em Cusco fui para, Qoricancha, que está dentro da cidade de Cusco, Q’enqo, Pukapukara, Saqsaywaan e Tambomachay que estão nos arredores. Esse passeio foi feito em uma tarde! Outro passeio que fiz foi ao Vale Sagrado, onde visitei os sítios de Chinchero, Ollantaytambo e Pisaq, esse passeio durou um dia inteiro, porque era um pouco mais longe de Cusco. Estes passeios são pacotes oferecidos por agências de turismo. Mas, eu visitei, ainda, sítios que não são muito conhecidos e, para os quais as agências de turismo não oferecem pacotes e requerem transporte individual, que são: Tipón, Pikillacta e Andahuaylillas. Ainda saindo de Cusco fui para Machu Picchu.

Cathe(IME Violão): E depois de Cusco, você foi para onde?
Ciliana:De lá segui para Puno, que é onde existe o lago Titicaca, lá eu visitei a Ilha Taquile e as Ilhas Flutuantes, onde vivem os “Uros”.
Perto de Puno, fui ao complexo arqueológico onde estão as Chullpas ou Pucullo, que são espécies de depositários de cadáveres.

Cathe(IME Violão): Você falou quer foi mais ao norte, onde exatamente?
Ciliana:Fui para a região de Ancash, na cidade de Huaraz de onde podia ir para o sítio arqueológico de Chavín de Huatar. E no mesmo passeio passei pelo Lago Querococha a 3980 de altitude, a maior altitude que cheguei. De Huaraz fui para Trujillo, que é o centro para ir para alguns outros sítios arqueológicos como: Chan Chan, Huaca de la Luna e Huaca del Arco Íris, que são basicamente construídos em terra, e também para Hunchaco, praia do Oceano Pacífico.

Cathe(IME Violão): Qual as cidades que você achou mais interessante?
Visão da paisagem de CuscoCiliana: Gostei de visitar todas, não tem uma que foi melhor, mas eu gosto do “desenho” da cidade espanhola e as que mais se parecem com as cidades espanholas, a meu ver, são Trujillo e Cusco, além de Lima, é claro. Nelas as praças são enormes e retangulares e tudo vai se desenvolvendo no seu entorno.
Cusco tem um padrão de construção mais antigo e o estilo do peruano que vive nessa região é mais próximo do que normalmente se conhece pelo mundo, por exemplo a forma de se vestir com roupas coloridas e com cores fortes. Enquanto que Tujillo é uma cidade mais moderna e os peruanos têm um estilo de vestir parecido com o Brasil.

Cathe(IME Violão): O deslocamento interno no país é muito caro?
Ciliana: Não, o transporte não é muito caro. Desloquei-me de Lima até Cusco de avião por U$ 160,00 ida e volta! Só o trem em Machu Picchu que foi caro, trem este que era específico para turistas. O deslocamento por trem custou U$240,00. Soube depois que poderia ter saído de Ollantaytambo, que fica mais perto de Machu Picchu, e teria pago bem menos, de trem ou outro meio de transporte, como de táxi.

Cathe(IME Violão): E o deslocamento dentro da cidades?
Ciliana:Em todas as cidades há muitos táxis e em qualquer lugar pode-se pegar um táxi por 3,00 a 5,00 soles, para deslocamentos curtos, o valor fica a cargo da negociação com o motorista pois não tem taximetro.

Cathe(IME Violão): O que você achou dos preços e do ambiente dos restaurantes, hotéis e pousadas por lá?
Ciliana: Não foi caro comer lá e achei que os restaurantes têm um ambiente legal, as pousadas também, até as mais simples têm um ambiente aconchegante, pelo menos as que estive.

Cathe(IME Violão): A gente sabe que o Peru é rico em artesanato. É fácil de encontrar? É muito caro?
Ciliana:Existem muitas feiras em todas as cidades. Em Cusco me informaram sobre um Mercado de Artesanato, que eu não tive tempo de conhecer. Em vários lugares que visitei tinha paradas rápidas para comprar artesanatos locais. Os preços de quase tudo é bem baixo.

Cathe (IME Violão): Qual o conselho/sugestão que você deixaria para os próximos que queiram visitar este país?
Ciliana: Se forem para Machu Pichu vejam se há táxi que vá até lá e se é vantajoso fazer o trajeto de táxi ou outro meio, mas que não seja por meio do trem que considero ter um valor acima do que deveria ter (U$240,00).

Cathe (IME Violão): Foi uma conversa maravilhosa que tive com Ciliana e, literalmente, mergulhei no Perú! Ela tirou várias fotos de lá e algumas estão aqui!O IME Violão agradece a colaboração de Ciliana e espera que tenha ainda outras entrevistas a realizar.

Do Peru, Ciliana trouxe um grão super energético típico da região, Quinua, o qual vi de perto e estava super curiosa para conhecer, só falta experimentar...Trouxe ainda um pó de preparo instantâneo de um suco chamado Chincha, feito de uma espécie de milho roxo, e eu pude ver de perto um grão deste milho, que de tão roxo é quase preto! Ela me mostrou uma lata do leite concentrado (tipo leite condensado) que os peruanos consomem, e que trouxe, pois, achou curioso. O leite é mais consistente que o nosso leite líquido e menos consistente que o leite condensado.
Vocês mochileiros, aproveitem bem essas informações e boa viagem!

terça-feira, 29 de abril de 2008

Livro A Profecia Celestina: Uma aventura nas florestas peruanas

Capa do livro a Profecia Celestina




Se você quer adentrar e ir fundo desbravando a magia das florestas do Perú, e não tem ainda grana para isso, tem a chance de fazê-lo lendo "A profecia celestina" de James Redfield, de quebra ainda ganha em ler um belo livro que nos traz um modo alternativo de vida mais equilibrida e guiado pelas intuições( ou coincidências).
O livro traz a aventura onde um antigo manuscrito é encontrado nas florestas peruanas, contendo nove visões que a humanidade precisa conhecer. Um homem se aventura para o alto das montanhas dos Andes para compreender o significado contido nestas nove visões. Cada uma dessas visões é apresentada e desenvolvida ao longo dos capítulos. "A primeira Visão nos alerta sobre as coincidências que acontecem em nossas vidas e não lhes damos a devida atenção. A Segunda Visão nos ajuda perceber que tudo faz parte de um todo, e nossa percepção sobre o amanhã deve contar com a compreensão do hoje e do ontem. A Terceira Visão fala sobre a energia que emana de todas as coisas e seres vivos. A Quarta Visão explica como os homens desprezaram a energia, e esta foi se tornando escassa fazendo com que, hoje, exista uma competição por ela, o que gera os conflitos. A Quinta Visão, fala sobre uma energia alternativa. A Sexta VisãCapa do DVD / Filme a Profecia Celestinao explica como devemos atingir um nível mental, que nos permita viver guiados pelas coincidências. A Sétima Visão ensina como devemos procurar e questionar novos pensamentos e incorporá-los. A Oitava Visão mostra como devemos quebrar os padrões de conduta para melhorar a energia entre nós. A Nona Visão diz que o homem vai conseguir evoluir e viver dando mais atenção ao que é realmente necessário." O livro é fascinante e se você imergir mesmo na aventura vai começar a perceber em sua vida as coincidências que passam despercebidas.
Recentemente o livro de Redfield virou filme. O DVd já está a venda nas lojas.Veja o
trailer



Veja como adquirir o livro Profecia Celestina
Veja como adquirir o DVD Profecia Celestina

sábado, 26 de abril de 2008

História e Atualidade das cidades Peruanas: Puno, Tacna e Cusco

O Peru é um país de cultura milenar. Entretanto, como em vários outros lugares, em terras peruanas não houve um avanço linear das civilizações. A história da evolução cultural peruana é marcada por vários conflitos, dominações, intercâmbios e expoliações. Desta forma, o que podemos ver no país dos tempos modernos é o resultado de todos esses processos que se sucederam ao longo da história.

Bom exemplo destes resultados são algumas cidades que compõem o Peru atual, mas que já existiam nos tempo pré-colombianos. Boa parte dessas regiões urbanas ainda hoje tem papel importante na estrutura geopolítica peruana. Entre as várias, ricas e belas cidades seculares deste país, escolhemos três delas para mostrar a linha-mestra da história que traz esses lugares dos tempos AC (
Antes de Cristo) até a nossa era contemporânea. Sintam-se à vontade para ler, criticar e indicar correções ou complementos:
- História e atualidade de Cusco;
- História e atualidade de Puno;
- História e atualidade de Tacna;

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Igreja Nossa Senhora Rosário dos Pretos

A equipe Sudamérica tinha marcado um novoLargo do Pelourinho em Salvador encontro no Pelourinho para tratarmos do futuro deste Blog que vos informa. Em meu caminho para esta reunião, uma ladainha acompanhada por agogôs chega aos meus ouvidos. Não tinha como não parar e ver a missa mais sincrética que já vi na vida! Numa Igreja Católica negros cantam músicas com letras cristãs em tom de música afro, GENIAL!!!
Esta Igreja foi construída em 1704 por negros escravizados e libertos. Seguindo a moda da época, a arquitetura da Igreja é barroca e exibe os seus rococós de praxe. Sua fachada não é muito grande não, azulada e apertadinha entre dois outros prédios, não é a construção mais chamativa da região. Porém, a sua localização é privilegiada: no pé da ladeira do largo do Pelourinho (só para situar quem não conhece é este da foto de cima, no alto desta ladeira está a fundação Casa e Jorge Amado).
Lá dentro, a decoração mescla traços lusitanos com contribuições afro. Metade das paredes são cobertas por azulejos portugueses com imagens cristãs de aparições, paixão e milagres. Em cima destas peças de arte, há pequenos quadros que narram a paixão de Cristo com todos os personagens (inclusive o Cristo) negros.
Azuleiijos na Igreja de Nossa Senhora do rosários dos pretos, pelourinho SalvadorA missa ocorre às 17h e tem publico fiel (hehe desculpe o trocadilho), além é claro, dos turistas que a todo o momento chegam, entram, dão uma olhada e vão embora.
Estando no Pelourinho no final de tarde, ir a esta missa é um excelente programa para abençoar a night que sempre rola no centro histórico soteropolitano.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Peru: visão do contexto social, economico e político

Bandeira do Peru

Primeira Surpresa: o nome do país Peru não vem da Ave, mas de um antigo soberano chamado Birú. Brincadeiras a parte, analisar de perto a realidade peruana traz várias coisas surpreendentes à baila. Por exemplo, o Peru teve forte (forte mesmo) imigração oriental durante o século XIX, o que, na mistura com índios, brancos e negros, gerou uma estrutura étnico-social extremamente complexa. Grande exportador de minérios, o Peru é a segunda economia que mais cresce na América do Sul. Na política, o país luta para consolidar a democracia e, em sua estrutura legislativa, não possui um senado, tendo um sistema unicameral.
Fizemos alguns textos informativos para ajudar os mochileiros de plantão a entender melhor o contexto do país que querem visitar. Seguem abaixo os links, leiam à vontade e sintam-se livre para criticar, corrigir e complementar.


- Contexto Social;
- Conjuntura Política;
- Economia Peruana;

sábado, 12 de abril de 2008

Feira de São Joaquim faz parte do turismo de Salvador

corredor de venda de chapéus na Feira de São Joaquim
Tem fruta, tem verdura, tem peixe, tem carne, tem santo, tem orixá, tem panela de barro, tem panela de ferro, tem perfume, tem vestido de chita, tem vestido chique, tem cordel, tem “causos”, tem história, tem música, tem cesto, tem cesta, tem erva que levanta até defunto, tem pimenta malagueta para alegrar os baianos e aqueles que por aqui passam, tem baiano de verdade, tem segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo... é assim a Feira de São Joaquim, de tudo tem um pouco e todo dia é dia feira.

Frutas frescas vendidas na feira de São joaquimAntiga Feira de Água de Meninos, a Feira de São Joaquim é mais que um mercado aberto ao ar livre é um cenário popular e colorido, importante para a cultura da Capital baiana. Por isso, a nossa querida Feira de São Joaquim faz parte dos pontos turísticos de Salvador e estar preste a ganhar do IPHAN o titulo de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A fama da Feira não é a toa, já teve muita coisa de sucesso acontecendo ali, como é caso do longa-metragem Cidade Baixa que teve cenas importantes filmadas na Feira e a exposição de fotografias Lá e Cá, do fotografo Sérgio Guerra que foi montada pelos labirintos da Feira. E sempre tem por ali um bom duelo de cordelistas si virando no repente.

Localizada na Avenida Frederico Pontes, no bairro do Comércio, a Feira é um centro comercial popular e um ponto de encontro para muita gente, que pode usufruir de uma vista para o mar em alguns pontos da Feira, comer uma boa comida baiana, tomar uma pinga da boa e "prosear" bastante.

Saiba mais sobre a história e a organização atual da Feira de São Joaquim.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Música para os ouvidos



A cultura peruana é riquissima e com relação a música não é diferente, especula-se que no Peru o gosto pela música surgiu pelo menos a 10 mil anos atrás, pasmem! É o que comprova resquícios arqueológicos. Instrumentos como “quenas”, as “zampoñas”, os “pututos” (trombetas de conchas marinhas) são muito comuns, um grande número de instrumentos de sopro é fabricado com materiais como cana, barro, osso, cornos e metais preciosos, dando origem também a instrumentos de percusão. Como todo em todo país, o Peru também sofreu influências musicais de outras foto da banda peruana turbopótamos, que canta a música No lovelocalidades, de outras bandas, e novos ritmos.
O cenário rocker peruano tem inúmeras bandas do gênero. Além de Rock, tem bandas punk, indie, power pop... e por ai vai.
A Libido é um exemplo, com seu rock latino, tem influências de banda como the smiths, Beatles, ouça Nicotina e Lonely, umas das melhores no my space da banda.
Outra banda legal é a Turbopótamos, os integrantes são de Lima, a música No Love, é linda, a banda surgiu no cenário alternativo, mas fez tanto sucesso que tomou proporções de bandas das grandes gravadoras.


Saiba mais: