Desde a terça-feira (05/05/09), chove muito na capital baiana. Mas, não é muito, como de costume. É chuva intensa quase sem parar, durante dia e noite! Logo na terça - feira mesmo o sistema de drenagem da cidade não suportou o nível de água e vários bairros ficaram alagados, impossibilitando o tráfego de pessoas, automóveis, gerando muito caos na cidade. Isso sem contar com as nossas inúmeras encostas em situação de risco de desabamento, casas e barracos alagados, árvores arrancadas pelas enxurradas, assaltos aos que ficavam presos em engarrafamentos devido aos alagamentos, engarrafamentos, mortes, feridos etc. Mas, como “a esperança é a última que morre”, todos achamos que fosse ser algo muito ruim, porém que não voltaria a ocorrer no outro dia. Ô sonho...Choveu a noite toda de terça para quarta (06/05/09) e lá vamos nós baianos, acostumados com aquele sol de derreter, virar macarrão da sopa nas ruas da cidade na quarta – feira, de novo ( dessa vez a cidade que estava derretendo, RS). Em plena quarta, todos tínhamos que ir para o trabalho, para a escola, faculdade, cursos, mas quem foi que conseguiu manter seu ritmo de vida nesse caos? Muita gente teve mesmo que tirar a água de suas casas, resgatar seus pertences totalmente molhados, se dar conta de que teriam que gastar mais, além do imposto que já pagam, para comprar muitas coisas novamente, que se foram junto com a chuva que já nessa quinta-feira (07/05/09), dá sinais de que cansou de nos visitar.
Salvador já recebeu 75,6% das chuvas esperadas para o mês de maio todo! Segundo o Ingá (Instituto de gestão d águas e Clima), são 245,7 milímetros de chuva de 1 a 7 de maio, quando o esperado para todo o mês é de 324,8 milímetros. Os sinais visíveis da chuva ficaram nas vias, que “já são de altíssima qualidade” e simplesmente viraram farofa nesses 3 dias que se seguiram, perdeu-se as contas dos buracos que vieram acrescentar mais balanço aos nossos dias ( no carro e no ônibus,RS). Salvador, foi mais uma cidade que anda sofrendo com os impactos da chuva, por problemas graves de infra-estrutura urbana. Mais um exemplo no Brasil, de que o modelo urbano atualmente utilizado não vai ser eficaz por muito tempo, ou já não o é e que vai ser preciso pensar alternativas para que as cidades brasileiras resistam sustentavelmente aos fenômenos naturais.
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